O que é ser diferente? Receio que seja o desconhecido ou o muito distante. Não, nada disso. Nem tão pouco é o que nos faz temer.
Talvez diferente seja o que mais admiramos: ou porque não temos ou porque desejamos muito. Diferente é se propor a seguir um outro caminho. Ou até mesmo a seguir o mesmo, mas de outra maneira.
Posso ser diferente, sem perder a essência. Ou ainda insistindo nela é que seremos.
Fora do comum é algo grandioso, às vezes diferente é ser rejeitado. Mas ora não poderiam eles ser sinônimos? Pois afinal não seguir padrões é estar longe do comum, diferente de algo. Ou não seria?
Diferente é achar atalhos, encontrar o inusitado e tratá-lo com respeito. É buscar uma volta num caminho sem rumo ou até mesmo encontrar o rumo no caminho da volta.
Diferente é ser imprevisível, quando não esperam que sejamos. É bancar a loucura própria e não apontar a loucura do outro, é descobrir que criar maneiras pode ser simplesmente aceitar a mania alheia.
Diferente é destacar-se, ser lembrado. Não por um protesto ou por um figura estranha. É trocar o inesperado pelo amado, o suposto pelo efetivo.
Diferente não é ser estranho. Muito pelo contrário. O estranho não importa, não traz pra dentro de si. O diferente olha por dentro, revela o oculto e abre janelas.
Diferente não é estar à margem. É agregador, é agir por fora para unir que está dentro. É resultado. Sim, diferente é chegar ao final e encontrar algo que tenha valido muito a pena.