Obra de Amor
Antes, a vida em traço contínuo.
Sem força, sem direção.
Algo que flui.
Não há vontade. Só um coração.
Hoje, é vida também.
Mais plena, cheia de luz.
Alegria em ser.
Já não se incomoda. É emoção.
A lágrima corre, é verdade.
Mas ela vem da razão.
Não é solidão
E tão pouco dor de não ter.
É exaltação.
Medo de perder.
Antes, era só o sonho
Hoje, tenho a saudade
Aquela que vai e volta
e fica na eternidade.
E não há outra maneira
De sentir tal companhia.
Hoje ela vem de forma inteira
Força essa que não é só minha.
Vem de dentro como tempestade
Que chega, destrói e invade.
E o que fica não está em pedaços
É obra de amor
Feita de beijos, olhares e abraços.
Ucha Mendonça, 16 de abril de 1996
Ucha Mendonça, 16 de abril de 1996
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