quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Desencontro

Um passo
Um rasgo
o chão.

Um vão
Um não
o nada.

Um olhar
Um dar
a sombra.

Um eu
Um quero
a dúvida.

Um como?
Um sumo
a fuga

Um agora
um depois
o distante

um longe
um monte
a mente.

um vou
um sim
o talvez.

a volta
o nada
nem um bastante.

domingo, 16 de janeiro de 2011

FILHO

Força que vem de dentro.
Força que passou por mim e segue seu rumo.
O tempo passa e o amor fica maior.
A dor também.
O medo nunca desaparece.
De perder.
De não segurar
De não poder agarrar.

É tão mágico!
Um pouco de nós e tão diferente.
Tão igual que negamos a semelhança.
Queremos que sejam melhores.

É calor, quando o frio da idade começa a aparecer.
É inocência e sabedoria
É tudo o que temos, mesmo quando longe
É a parte mais límpida, sem vícios e sem frescuras.

É a vitória de que a gente mais vibra
sem termos lutado contra ninguém.

É a certeza de que erramos
É a delícia de não nos comprometermos
e o dever de sermos nós, em nossa essência.

É a desculpa pra não levar à sério
aquilo que nos parece complicado.
É ser simples, pois nada é tão complexo.

É amar, sem pedir nada em troca.
É servir, para que possam aprender.
É querer o melhor,
É pedir pro mundo tratá-lo bem
É dizer a ele o que esperar
É deixá-lo viver.

30 de novembro de 2007

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Solidão e Razão.

Depois que a escuridão chega
tudo parece mais difícil.
Mas um pensamento vago
relaxa a mente dos horrores
e busca no breu da noite
o motivo de sentir tudo aquilo.

O vácuo da solidão invade o peito
que teima em bater sem ritmo
à espera de alguém distante.
Angústia por criar encontros possíveis
ou por buscar a razão de ter que aguardar.

Uma irritante explicação repete-se pelo ar
O que os olhos podem enxergar
parece miragem pra mente que trabalha.
O que o coração responde
torna-se martírio para a razão que procura.
Pois essa não há.
Razão, onde está?
Perseguida, foge da luta.
Desejada, desaparece.
Enquanto presente, separa.
Afasta o mal para ela e reina solitariamente.