domingo, 29 de abril de 2012
Suponha um tempo...
Que tempo é esse que passa rápido?
Que deixamos de lado quando nos impõe disciplina.
Que fingimos cumprir num dia cheio de nada.
Que sentimos não existir na hora que não devia acabar.
Que vivemos mais do que outros.
Outros que ainda têm que viver pra senti-lo.
Um corpo a deriva que não parece o nosso.
O máximo de uma vez .
Circulam ideias que nem pensei.
Calma vida!
Um desejo cresce insano.
Aceleradamente. Mente.
Um lapso que liga o que existe e o que invento.
Crio o tempo que suponho ser melhor.
Devagar para encontrar o inaceitável um pouco menos rude.
Ligeiro para não deixar arder o que deve ser apagado.
Comodamente como pensei.
Redondo como algo previsível.
Linha reta sem olhar pros lados.
Tempo que não vai sem mim.
E que não doo.
Não empresto, não pego de volta.
E que suponho não existir até que o vejo passar atrás de mim.
Ele fica pra trás ou sou que não o vi passar?
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