sexta-feira, 29 de junho de 2012
O que vale a pena?
O que vale a pena nesta vida? Um desejo ou um beijo? O vento na cara ou o frio na barriga? O telefone que toca tarde da noite ou uma campainha ao amanhecer? Um pedido de ajuda ou um olhar de obrigado? Um rum ou uma cerveja? Andar descalço na grama ou rolar na areia? Comer pipoca ou sorvete? Tocar violão ou cantar no chuveiro? Acordar ou dormir de novo? Sair de férias ou chegar em casa? Terminar ou recomeçar? Contar piada ou rir delas? Ler ou escrever? Creme hidratante ou massagem? Céu azul ou noite estrelada? Cinema ou teatro? Começar um livro ou terminar? Almoço em família ou jantar a dois? Um filho ou dois? Jardim ou quintal? A surpresa ou a promessa? Óculos ou lentes? Uma praia ou um banho de chuva? A verdade ou o que eu entendo dela? Amor incondicional ou companheiro? Esmalte ou baton? Hoje ou amanhã? Doce ou Salgado? Vermelho ou preto? Dúvida ou certeza? Sim ou não? Como ou por que? Levar consigo ou trazer de volta? Sábado ou domingo? Jornal ou revista? Perguntas ou respostas? Sabedoria ou ignorância? Conhecer ou descobrir? Amar ou amor?
Ah, o que vale? Vale tudo isso.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Em frente
Um medo insiste.
Vai no topo da cabeça
rumo ao fim do pensamento
e bagunça a ordem do corpo.
Sopra um vento forte no rosto.
Perco o fôlego.
Vejo as folhas caidas se levantarem.
É a tempestade que se anuncia.
Meu cabelo acaria minha face.
Minha pele não expulsa o tremor.
Suponho não ter força.
Caio dentro de mim.
Desmaio no vazio de não ter fim.
Não dormi, não sonhei.
Chorei.
E permaneço de pé.
O que fica chamam vida.
E eu aceito.
Embalado pela saudade,
o que me move ainda é amor.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Faz sentido sim
Comecei a circular todas as palavras que escrevi e não disse.
Criei então uma teia.
Alianças de medo e timidez.
Apaguei, depois, todas aquelas que disse e nunca ousei escrever.
Um lapso de tempo borrou minha memória.
Guardei coisas que não me serviam.
Foi então que joguei fora todas as palavras mal ditas.
Assim mesmo, com espaço entre elas.
Cada uma em sua hora, lançada num abismo de vento e poeira.
Ia embora o que estava velho e sem sentido.
Fui buscar em outro lugar a inspiração.
Achei no silencio dentro de mim.
No tum tum do coração.
Agora sim. Nada pra dizer.
Muito pra sentir. Faz sentido todo.
Assinar:
Postagens (Atom)