Um medo insiste.
Vai no topo da cabeça
rumo ao fim do pensamento
e bagunça a ordem do corpo.
Sopra um vento forte no rosto.
Perco o fôlego.
Vejo as folhas caidas se levantarem.
É a tempestade que se anuncia.
Meu cabelo acaria minha face.
Minha pele não expulsa o tremor.
Suponho não ter força.
Caio dentro de mim.
Desmaio no vazio de não ter fim.
Não dormi, não sonhei.
Chorei.
E permaneço de pé.
O que fica chamam vida.
E eu aceito.
Embalado pela saudade,
o que me move ainda é amor.
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