Como é que a gente faz quando o mais desejado se vai, entra
em estado profundo de latência e que de uma hora pra outra volta num turbilhão
do pensamento?
Como entender esse coração estranho que nunca compreendeu o
não do destino e quando um sim começa a esboçar à sua frente lhe mete medo e
angústia?
Como enfrentar o inesperado de agora e que por tanto tempo
foi um vazio doído no peito por ser incapaz de conquistar?
Uma simples e pequena sensação em ter cria um ensaio da
mente, que muda tudo. A vida de agora, o querer, o futuro e os sonhos.
Não, não será. Mas o pouco tempo que poderia ser me levou a
chorar e a sorrir, a imaginar que um pouco ainda resta dentro de mim e que o
que passou foi o que deveria ter sido.